Guia de saúde e educação

Saúde

Atenção: os estrangeiros que pretendem residir por mais de um ano no Japão devem estar inscritos em um dos seguintes seguros de saúde:

Seguro para assalariado
O seguro de saúde para assalariados é voltado a empregados. Este seguro está incluído no seguro social para as assalariados, que engloba também o plano de pensão da previdência social.
O valor da taxa é descontado do salário mensalmente e o empregador arca com metade desse valor. O titular do seguro e todos os seus dependentes devem pagar o equivalente a 30% do total das despesas médicas.
Caso o segurado fique impossibilitado de trabalhar em decorrência da doença, o seguro social cobre os dias parados, pagando o equivalente a 60% do salário médio.
Importante: o cadastro deve ser feito pela firma empregadora.

Seguro nacional
Voltado para trabalhadores autônomos, desempregados ou pessoas que não estão cadastradas em nenhum sistema de seguro saúde. É um recurso muito utilizado pelos trabalhadores estrangeiros temporários, cujos empregadores não cadastram seus funcionários no seguro para assalariados.
Assim como no seguro de saúde para assalariados, o segurado do segur nacional de saúde e seus dependentes pagam 30% do custo total das despesas médicas. No entanto, pessoas com mais de 70 anos arcam com 10% a 30%, dependendo de seus rendimentos. No caso de crianças de até 2 anos, o valor arcado é de 20%.
Para se inscrever, o interessado deve ir até a seção do seguro nacional de saúde da prefeitura.

Documentos necessários:

- Carteira de Registro de Estrangeiro;
- Carimbo;
- Passaporte comprovando visto para mais de 1 ano.

No primeiro ano de permanência no país, o valor da taxa é mínimo por não haver registro de rendimento do ano anterior. A partir do segundo ano, o valor será calculado com base no rendimento do primeiro ano. De forma geral, valor é calculado de acordo com o imposto municipal do ano fiscal correspondente e o número de dependentes.
O pagamento pode ser efetuado nos correios, banco ou por débito automático em conta corrente.
Só é possível cancelar o seguro nacional se o segurado se inscrever no seguro saúde para assalariados ou retornar para o seu país de origem. No caso de mudança de endereço, deve comunicar a prefeitura local no prazo de 14 dias.
No caso de sair do Japão, a notificação deve ser feita com antecedência. Todos os documentos utilizados para abertura e o cartão do segurado devem ser apresentados.

Cartão do segurado
Esse cartão é um comprovante de que o segurado está inscrito em um dos sistemas de seguro de saúde.
O portador deve tê-lo consigo sempre que precisar de assistência médico-hospitalar.
É considerado documento de identificação e de uso pessoal.

Cobertura
Cobre praticamente todos os tratamentos médicos e odontológicos. Estão fora da cobertura: exame de saúde, check-up, vacinação preventiva, gravidez e parto, cirurgia plástica estética, prótese dentária e tratamento odontológico estético, doença ou acidente decorrente de acidente de trabalho, taxa de internação em quarto particular, alimentação hospitalar, entre outros. No caso de acidente de trabalho, o tratamento é coberto pelo seguro de acidente de trabalho.
Acupuntura, moxabustão e massagem só são aceitas se o médico reconhecer necessidade no tratamento.

Dependentes
São considerados dependentes os membros da família que dependem financeiramente do segurado ou que tenham renda inferior a 1,3 milhão anual de ienes. Para maiores de 60 anos o critério passa para 1,8 milhão anual.

Reembolso
Caso o total de despesas pagas pelo segurado ou dependentes a um único hospital ou clínica ultrapassar 72.300 em um mês, parte da despesa é reembolsada pelo escritório do seguro social local.

Seguros particulares
Os seguros particulares não cobrem todos os tratamentos médicos, uma vez que todo cidadão é obrigado a se inscrever em um sistema público de saúde.
Eles existem para cobrir com a parte que não é paga pelo seguro social ou seguro social, ou então ajudar nas despesas com internação.
Normalmente, são oferecidos pelas companhias de seguro de vida e seus critérios variam de acordo com a empresa.

HOSPITAIS E CLÍNICAS

Quando ficar em dúvida sobre a especialidade que deve procurar, informe os sintomas na recepção do hospital para que seja encaminhado ao setor apropriado;
O atendimento é por ordem de chegada, tanto nos hospitais quanto nas clínicas. O tempo de espera pode chegar a 2 horas. Nos consultórios de dentista, o atendimento em geral é com hora marcada.
Em cidades com grande concentração de brasileiros, há hospitais que oferecem intérprete para o português em dias e horários pré-determinados (consulte a prefeitura local sobre esses hospitais).
Se houver alguma restrição em tratamentos médicos ou no dia a dia por motivos religiosos ou quando o paciente for portador de alguma alergia, informe antecipadamente à enfermeira ou na recepção.

Procedimentos

Quando for realizar uma consulta ou necessitar de atendimento médico, adote os seguintes procedimentos:

1. Apresente o cartão do segurado;
2. Preencha o formulário com os dados pessoais (nome, endereço e telefone), a especialidade médica desejada, os sintomas e o histórico médico. No formulário há um questionário no qual deve informar se tem alergia a determinado medicamento, se está tomando algum medicamento no momento, se já teve doença grave no passado, entre outros;
3. Receber de volta a carteira do seguro de saúde, que pode ser devolvida após o registro ou ao final da consulta;
4. Receber um cartão da clínica. Os dados do cliente ficam cadastrados e, no caso de um retorno, esse cartão, juntamente com a carteira do seguro de saúde deve ser apresentado;
5. O pagamento é feito em dinheiro. Dependendo dos gastos no período de um mês, o valor pode ser reembolsado em parte. Também pode haver desconto nos impostos. Para tanto, é importante sempre guardar os recibos.
6. O paciente recebe a prescrição dos remédios que deve ser apresentada na farmácia indicada pelo estabelecimento. Nessas farmácias também é preciso preencher outro formulário com dados pessoais e histórico médico. O pagamento é em dinheiro e a quantidade vendida é igual a do receituário.
7. Os dias e horários de atendimento podem variar de acordo com o estabelecimento. Em geral, os hospitais recebem pacientes na parte da manhã, de segunda a sábado. Já as clínicas atendem pacientes também na parte da tarde, mas fecham aos domingos e em um dia da semana.

Centro de Saúde Pública

Os centros de saúde pública e centro de saúde e bem-estar públicos oferecem assistência médica durante a gravidez e exames gratuitos a crianças com até 3 anos de idade. Esses centros são responsáveis também pela prevenção de doenças contagiosas.
Realizam vacinações em crianças, além de exames gratuitos de doenças como AIDS, tuberculose e distúrbios mentais. São exames confidenciais.
Também é possível fazer check-ups regulares e exames preventivos de câncer, mediante pagamento de taxa.

Questionário médico para consulta
É possível obter o questionário médico ara consulta em diversos idiomas na Fundação Internacional Kanagawa. Na AMDA Centro Internacional de Informação Médica é possível obter o formulário de pedido de consulta em vários idiomas.
Fundação Internacional Janagawa: www.k-i-a.or.jp/medical/index.html
A busca pode ser feita por especialidade e por idioma.

Departamentos médicos
- Cardiologia (Shinzoogeka)
- Clínica Geral (Naika)
- Cirurgia Cardiovascular (Junkankika)
- Cirurgia Geral (Geka)
- Cirurgia Plástica (Biyooseikeigeka)
- Dermatologia (Hifuka)
- Gastroenterologia (Shookakinaika)
- Ginecologia/Obstetrícia (Sanfujinka)
- Neurologia (Shinkeika)
- Odontologia (Shika)
- Oftalmologia (Ganka)
- Ortopedia (Seikeigeka)
- Otorrinolaringologia (Jibiinkooka)
- Pediatria (Shoonika)
- Psiquiatria (Seishinka)
- Urologia (Hinyookika)

Enfermidades
- Ânsia (Hakike)
- Asma (Zensoku)
- Bronquite (Kikanshien)
- Conjutivite (Ketsumakuen)
- Contusão (Daboku)
- Depressão (Utsubyoo)
- Diabete (Toonyoobyoo)
- Diarréia (Geri)
- Gastrite (Ien)
- Hemorróida (Ji)
- Prisão de ventre (Benpi)
- Rinite (Bien)
- Tendinite (Kenshooen)
- Tuberculose (Kekkaku)
- Tumor (Shuyoo)
- Úlcera (Kaiyoo)

Hospitalização
O médico, após observar o quadro clínico do paciente, define se deve ser internado ou não e qual o período de internação.
No Japão, o mais comum são quartos para 4 a 6 pessoas. Excetuando os casos em que o próprio hospital define o quarto por motivo de tratamento. Caso o paciente deseje uma acomodação mais reservada, deverá pagar taxa especial que varia entre 2 mil e 10 mil ienes.
Internação
Em geral, o dia de internação é comunicada com antecedência.
É necessário o preenchimento de formulário que deve ser apresentado juntamente com a documentação necessária (cartão do segurado, cartão de consultas, garantia). Caso seja necessário, informe sobre seus hábitos alimentares, restrições religiosas, etc.
Respeite o horário de visitas. Há hospitais que restringem as visitas na ala pediátrica.
O pagamento é feito na ocasião da alta do paciente.

DÚVIDAS

AIDS
O Centro de Referência e Suporte em HIV/DST criativos oferece teste de HIV com orientação e acompanhamento em português.
O atendimento telefônico pode ser feito às segundas e quartas-feiras, das 10h às 19h, pelo telefone (045)361-3092, ou às quintas pelo (03)3369-7170.

Os testes são gratuitos e anônimos e são realizados nos seguintes locais:

- Centro de Saúde Nishi Shinjuku
Endereço: Tokyo-to Shinjuku Nishi-Shinjuku 7-5-8 (12 minutos a pé da saída Nishi da estação Shinjuku).
YMCA de Atsugi
Endereço: Kanagawa-ken Atsugi-shi Naka-cho 4-16-19 (3 minutos a pé da estação de Hon-Atsugi, linha Odakyu). Todo segundo do mês, das 13h às 15h.

GRAVIDEZ

A gestante deve comparecer ao centro de saúde pública local, que fornece a caderneta materno-infantil gratuitamente. É necessário apresentar o comprovante de gravidez do hospital ou do centro de saúde pública e o carimbo pessoal.
Na carteirinha da gestante serão anotadas as condições da gestante, registros dos exames pré-natais, condições do parto e pós-parto, desenvolvimento da criança até a idade escolar e registro de doenças infantis contraídas. Nessa caderneta também são afixadas as fichas de vacinação e de consultas médicas gratuitas.

Boshi Techoo em português
Em cidades com grande concentração de brasileiros, o centro de saúde fornece a caderneta em seis idiomas (o volume traz informações em português, japonês, inglês, tagalog, chinês e coreano).
Se o centro de saúde não dispor de exemplar em português, a gestante pode solicitá-lo à Associação Japonesa de Planejamento Familiar. Para fazer o pedido, basta fazer transferência bancária pelo Correio para a conta 00110-4-76162; escrever em katakana “Jafupa Roku Kakokugo Boshi Techoo”, e dados para postagem (nome, endereço completo e telefone) e especificar a quantidade de cadernetas.
Informações: (03)3269-4727

Exame pré-natal
A empresa não pode proibir que a gestante se ausente do trabalho para realizar consultas pré-natal ou relacionadas à gravidez. Porém, convém à gestante apresentar o pedido médico do pré-natal com as datas estipuladas.
A instituição médica mantida pelo governo local oferece dois exames gratuitos durante a gravidez.
Detalhe importante: as consultas de pré-natal não são cobertas pelos seguros de saúde e a legislação vigente garante ao empregador descontar do salário da gestante as horas não trabalhadas.

Gastos
Como parto não é considerado doença, os casos não são cobertos pelos seguros de saúde.
Se a gestante estiver cadastrada no shakai hoken ou no kokumin hoken, ela paga o parto, e depois do nascimento do bebê, recebe uma ajuda governamental (shussan ikuji ichijikin) no valor médio de 350 mil ienes (um parto pode superar 450 mil ienes).
As gestantes inscritas no shakai hoken podem solicitar o benefício diretamente nos escritórios do seguro social (Shakai Hoken Jimusho). Já quem tem o kokumin hoken deve procurar a prefeitura (departamento Shi Hoken Nenkin Shitsu).
Caso não tenha condições de pagar as despesas do parto, é possível solicitar o sistema de auxílio natalidade (nyuuin josan seido) ao Escritório de Bem-estar (Fukushi Jimusho).
No Japão, a cesariana é efetuada somente quando a mãe ou a criança corre risco de vida (nesse caso, as despesa são cobertas pelo seguro saúde). Se a gestante optar pela cesariana por motivos particulares, no entanto, terá que arcar com as despesas.

LICENÇA-MATERNIDADE

A gestante pode solicitar seis semanas (14 semanas no caso de gêmeos ou gestação múltipla) de licença-maternidade antes do parto e 8 semanas depois do nascimento do bebê. Esse direito, no entanto, não se aplica às diaristas ou contratadas com período pré-fixado.
Quem tem o Shakai Hoken deve preencher o formulário para licença-maternidade (sankyuu todoke) e entregar à empresa. As inscritas no kokumin hoken precisam ir à prefeitura. Mulheres contratadas para trabalho temporário (part time) não têm direito à licença-maternidade.
De acordo com a lei, o empregador não é obrigado a pagar a remuneração durante a licença-maternidade. Mas para grávidas que têm o shakai hoken existe uma ajuda do governo, o auxílio de licença-maternidade (shussan teate kin), que corresponde a 60% do salário médio.

Como solicitar

Comparecer em um escritório do seguro social levando:

-Requerimento do auxilio de licença-maternidade (shussan teate kin seikyuusho);
-Cartão do seguro social;
-Caderneta de saúde (boshi techoo);
-Carimbo (inkan);
-Caderneta bancária (tsuuchoo).
-Caso a gestante não trabalhe e seja dependente do marido inscrito no shakai hoken, o pedido do auxílio pode ser feito pela empresa em que ele trabalha. Quem está cadastrada no kokumin hoken não tem direito ao benefício.

Planejamento Familiar

Camisinhas (kondomu) podem ser adquiridas nas farmácias e supermercados;
Pílulas anticoncepcionais (hinin piru) só podem ser adquiridas através de receita médica e não são cobertas pelo seguro saúde;
O DIU (Disposito Intra-uterino) (hinin ringu ou UID), diafragma (pessarii) e espermicida (sasseishi yaku) também podem ser obtidos mediante consulta médica;
Testes de gravidez (ninshin kensa yaku) podem ser adquiridos nas farmácias por cerca de 1 mil ienes.

VACINAÇÃO

Doença

Faixa etária

Idade básica de vacinação

Número de aplicações

Intervalo

Difteria, coqueluche, tétano

Vacina DPT

-

precipitado

1a.fase: 3 meses a 7, 5 anos

De 3 meses a 1 ano

3 vezes


1a. fase (reforço): de 3 meses a menos de 7,5 anos. Após o término da aplicação da 1a. fase (3 vezes), deve-se deixar um interevalo de pelo menos 6 meses.

De 1 a 1,5 ano após a aplicação da 1a. fase (3 vezes)

1 vez

Toxóide DT

2a. fase: 11 a menos de 13 anos

De 11 a 12 anos
6o. ano do shoogakkoo

1 vez

Poliomelite

De 3 meses a menos de 7,5 anos

De 3 meses a 1 ano

2 vezes

6 semanas ou mais

Sarampo e rubéola

De 1 ano a menos de 7,5 anos

De 1 ano a 5 anos e 3 meses

1 vez

-

Encefalite japonesa

De 1 ano a menos de 7,5 anos

De 1 a 3 anos

1 vez

-

1a. fase (inicial): de 6 meses a 7,5 anos

De 3 a 4 anos

2 vezes

1 a 4 semanas

BCG

1a. fase (reforço) de 6 meses a menos de 7,5 anos. Após o término da aplicação da 1a. fase, deixar um intervalo de pelo menos 1 ano.

De 4 a 5 anos

1 vez

-





2a. fase: de 9 a menos de 13 anos

De 9 a 10 anos

1 vez

-

3a. fase: de 14 a menos de 16 anos

De 14 a 15 anos

1 vez

-

1a. aplicação: crianças em fase de amamentação, de 6 meses. Casos excepcionais a partir do 1 ano.

De 6 meses a 1 ano

1 vez

-

SERVIÇOS GRATUITOS
No nascimento do primeiro, uma enfermeira visita os pais para dar orientações. Para ter esse direito, a mãe deve enviar a ficha de aviso de nascimento para o centro de saúde pública;
O recém-nascido pode receber consultas gratuitas de saúde nos hospitais, 3 vezes, até completar 13 meses;
O centro de saúde público oferece exames gratuitos para crianças ao completarem quatro meses, um ano e meio e 3 anos. As mães recebem aviso por correspondência sobre a data e horário;
Crianças com um ano completo, registradas como dependentes no seguro de saúde, recebem auxílio nas consultas médicas e internação.

EM CASO DE EMERGÊNCIA
Para casos de emergência, disque:
110: para chamar a polícia para casos de crimes, acidentes de transito, etc.
119: para acionar os bombeiros ou a ambulância. A ambulância é gratuita, mas não pode ser utilizada se a doença ou o ferimento permite transporte por carro próprio ou táxi.
Como reportar:
1- O atendente pergunta se é incêndio (kaji) ou emergência (kyukyu).Informe o caso;
2- Informe a localização (endereço e algum ponto de referência). Responda, de acordo com a necessidade, a quantidade de doentes e feridos (se tiver).
3- Diga seu nome:
Meu nome é... (Watashi no namae wa .... desu.)
Ligar do telefone público
É possível acionar a polícia ou os bombeiros utilizando o telefone público. Os telefones de cor verde possuem um pequeno botão vermelho, próprio para ligar para 110 ou 119. Pressione o botão vermelho e em seguida os números 110 ou 119. Todas essas chamadas são gratuitas.

DOENÇAS

- KAFUNSHOO
Kafunshoo é um caso de alergia a pólen, que ocorre no final do inverno.
Os principais sintomas são: espirros constantes, coriza, coceira nos olhos e congestionamento nasal.
As farmácias e os supermercados montam prateleiras com diversos produtos relativos a esse tipo de alergia, como máscaras especiais, colírio e óculos protetores. Em geral, os valores dos produtos variam muito assim como a qualidade dos mesmos.
Cuidados:
Manter a casa e as roupas bem limpas e observar o ambiente de trabalho;
Fechar bem portas e janelas, impedindo que o pólen entre dentro de casa;
Ao chegar em casa, limpar com escova as roupas, eliminando o pólen que estiver aderido à roupa.
Fazer gargarejo e lavar as mãos assim que entrar em casa;
Procurar fazer uma alimentação balanceada;
Dormir bem e não deixar acumular o cansaço.

- NATSU BATE
Trata-se de uma enfermidade típica do verão. Os sintomas principais são: moleza, falta de ânimo e de apetite e sensação de cansaço acumulado. Em casos mais graves, pode haver febre, tontura, dor de cabeça, palidez e suor frio.
Cuidados:
Não exagera na refrigeração do ambiente;
Evitar beber líquidos gelados de uma só vez;
Evitar beber durante as refeições;
Comer verduras, frutas e legumes;
Fazer 3 refeições diariamente;
Dormir regularmente;
Comer alga e arroz integral;
Procurar beber chá de trigo ou água em temperatura ambiente.

- INFLUENZA
A vacinação preventiva não é obrigatória, porém, muitos municípios fazem campanhas entre outubro e janeiro para atender principalmente idosos e crianças. A época mais comum dessa gripe é entre janeiro e março.
Cuidados:
Lavar as mãos e fazer gargarejo em casa;
Evitar locais aglomerados;
Manter o ambiente de casa com umidade adequada;
Tomar a gripe contra a gripe antes de surgir uma epidemia.

- DOENÇA DO TRABALHADOR
Algumas doenças são típicas dos trabalhadores nos dia de hoje:
Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT)
Nessa categoria inclui-se a tendinite, comum em trabalhadores que realizam movimentos repetitivos.
Essa síndrome de dor nos membros superiores pode ser classificado em quatro graus:
1o. grau: dor localizada em uma região, com pontadas. Não chegam a interferir na produtividade. Em geral é leve e fugaz. Melhora com repouso;
2o. grau: dor mais persistente e intensa. Aparece durante a jornada de trabalho de modo intermitente e pode vir acompanhada de formigamento. É sentida em vários locais durante a realização da atividade causadora da síndrome.
3o. grau: dor mais forte e tem irradiação mais definida. Nesse grau, é frequente a perda de força muscular.
4o. grau: dor contínua e insuportável. Leva o paciente a intenso sofrimento. Os movimentos acentuam a dor, que em geral se estende a todo o membro afetado.

- Perda Auditiva Induzida pelo Ruído (PAIR)
Trata-se de uma diminuição gradual da capacidade de ouvir provocada pela exposição continuada a níveis de ruído. As perdas acontecem nos primeiros 10 a 15 anos de exposição. O problema é irreversível. O trabalhador que é afetado pelo PAIR pode perder a capacidade de reconhecer palavras e ter zumbidos.
A PAIR pode ser agravada pela exposição simultânea a outras agentes, como produtos químicos e vibrações. O problema pode acarretar ao trabalhador alterações funcionais e psicossociais capazes de comprometer sua qualidade de vida.

- Dermatite de contato
Em geral atinge mãos, braços e face. É uma inflamação da pele muito comum em trabalhadores que têm contato direto com substâncias que causam reação alérgica ou inflamatória.
Entre os produtos que causam a irritação, destacamos: materiais alcalinos como sabonetes, detergentes, solventes, ácidos e outras substâncias químicas.
Também, pode ser causada pelo contato frequente com material ao qual seja hipersensível ou alérgico, como fragrância e adesivo, entre outros. Os primeiros sinais do problema são coceiras, bolhas e escamações.


Educação

O sistema escolar japonês constitui-se, basicamente, de 6 anos de ensino primário (shoogakkoo) e 3 de ensino ginasial (chuugakkoo) – equivalentes ao Ensino Fundamental no Brasil – 3 anos de colégio (kookoo) – equivalente ao Ensino Médio no Brasil e 4 anos de curso superior.
Todos os japoneses devem cumprir os 9 anos de estudo – primário (de 6 a 12 anos) e ginasial (de 12 a 15 anos). Nessa fase, não há sistema de reprovação, a criança passa de uma série para outra automaticamente. Crianças estrangeiras também podem ingressar nessas escolas. Para ingressar em escolas do ensino médio ou superior, os alunos devem prestar uma espécie de vestibular.
No Japão, existem cursos pré-escolares (jardim de infância ou maternal), profissionalizantes e escolas especiais destinadas a deficientes. Há escolas públicas (divididas em nacionais, provinciais e municipais), as particulares e as internacionais. Lá, a maioria das escolas de ensino fundamental e médio é pública.
O ano letivo inicia em abril e termina em março do ano seguinte. As férias prolongadas são de verão, de inverno e de primavera.

CRECHE
Há dois tipos de creche: pública e particular.
Para matricular o filho em uma creche pública, os pais devem comprovar que ambos trabalham ou que haja algum problema que impeça os pais de cuidarem do filho em casa, como doença, por exemplo.
A mensalidade varia de acordo com a renda familiar. Se tiver uma renda alta, o preço pode ser igual ao de uma creche privada.
Por outro lado, há a possibilidade de obter isenção no pagamento, caso os pais tenham muitos filhos e comprove que a renda é insuficiente para manter todos.
As matrículas são feitas nos meses de dezembro e janeiro, na prefeitura. Se houver vagas, há creches que aceitam crianças fora de época. São exigidos dos pais o comprovante de trabalho, de renda e de pagamento de imposto.
As creches públicas têm horários fixos e não aceitam cuidar de crianças fora do horário de atendimento.
As creches particulares que são autorizadas pelo governo recebem subsídio, mas cobram mensalidade e o procedimento de matrícula é semelhante ao das creches públicas. Para as não autorizadas, não há requisitos ou período de matrícula.
A maior parte das creches privadas aceitam cuidar das crianças em horários prolongados (algumas funcionam 24 horas), mediante pagamento de uma taxa extra.
A idade de admissão varia de acordo com a creche, mas muitas aceitam bebês a partir de dois meses de idade. Já as creches públicas nem sempre aceitam recém-nascidos.
Existem creches em tempo parcial, para pais que trabalham meio período ou em regime temporário (alguns dias por semana).

JARDIM DE INFÂNCIA
Os jardins de infância, que também são divididos em públicos e particulares, aceitam crianças entre 3 e 5 anos de idade. A matrícula para as instituições públicas deve ser feita na Secretaria da Educação do município, geralmente em outubro. As mensalidades variam de acordo com a cidade. As particulares têm suas próprias datas de matrícula e cobram mensalidades mais caras.

SHOOGAKKOO E CHUUGAKKOO
Para ingressar no Shoogakkoo (crianças com 6 anos completos), a Secretaria da Educação da prefeitura envia comunicado quando a criança estiver para completar a idade escolar.
Os estrangeiros não são obrigados a enviar os filhos à escola, mas poderão ser atendidos mediante solicitação.
A criança que já frequentava o ensino fundamental no Brasil e quiser ingressar na escola japonesa deve fazer registro de estrangeiro na prefeitura e efetuar os trâmites para admissão no meio do ano letivo na Secretaria da Educação.
É necessário apresentar a carteira de registro de estrangeiro e o passaporte. Com posse do comunicado de matrícula, devem se dirigir até a escola indicada pela prefeitura, de acordo com o local em que a família reside.
As crianças que completarem o shoogakkoo podem ingressar automaticamente no choogakkoo.
Normalmente, as matrículas têm início no outono. A prefeitura encaminha comunicado com as informações referentes sobre a escola, dia em que será realizado o exame médicos e outras informações pertinentes à matrícula.
Caso os pais trabalhem em horário integral, podem solicitar para os filhos que cursam da primeira a terceira série do shoogakkoo atendimento especial. Assim, após o término das aulas, por volta das 15h, permanecem no local recebendo orientação e brincando. A inscrição para esse atendimento deve ser feita na prefeitura ou no clube.

ENSINO MÉDIO
No Japão, o ensino médio é dividido em:
escola regular;
escola profissionalizante (cursos na área da indústria, comércio, agricultura, línguas estrangeiras, entre outros);
ensino globalizado.
O candidato deve prestar exame de admissão que normalmente acontece entre o final de fevereiro e início de março. Há escolas onde a admissão poderá ser autorizada através de recomendação.
Para prestar o exame é necessário que o candidato tenha completado o ensino fundamental, ou apresente uma escolaridade equivalente, como por exemplo a conclusão do ensino fundamental do país onde residiu.
Há 3 tipos de escolas:
Período integral: curso diurno com 3 anos de duração;
Período parcial: curso diurno ou noturno, para alunos que trabalham (existem escolas diurnas de meio período);
Curso por correspondência: para alunos que trabalham e outros que não podem frequentar as aulas por algum motivo.
Toda escola de ensino médio cobra mensalidade, mas existem diferenças entre as públicas e particulares. Consultas sobre escolas públicas devem ser feitas na Secretaria da Educação da província; sobre as particulares, nas próprias escolas.
Despesas e utensílios:
As aulas e os livros didáticos do shoogakkoo e chuugakkoo são gratuitos. No entanto, é necessário pagar pelo uniforme, merenda, artigos escolares, atividade extra-curricular e viagens.
Para as famílias com dificuldades financeiras, os governos locais oferecem subsídio escolar. Os requisitos e valor variam conforme a cidade. Mães solteiras, divorciadas ou viúvas também têm direito a auxílio especial.
Ao voltar para o Brasil:
Quando retornar ao Brasil, deve-se obter da escola japonesa certificado dos estudos cursados pelo aluno. Esse certificado dever ter a assinatura (ou carimbo) do diretor da escola. Em seguida, deve ser levado ao Ministério das Relações Exteriores no Japão para reconhecimento da assinatura do diretor da escola.
Após o reconhecimento, o documento escolar deverá ser levado ao Consulado do Brasil para validação, para que tenha efeitos legais em território brasileiro.
Ao chegar no Brasil, o documento escolar deverá ser traduzido para o português para apresentação ao estabelecimento de ensino em que o aluno venha a ser matriculado (indagar antes junto à instituição se é necessária a assinatura de tradutor juramentado).

ESCOLAS BRASILEIRAS
Existem várias escolas brasileiras de ensino fundamental e médio instaladas no Japão, especialmente nas províncias com grande concentração de brasileiros.
Muitas dessas escolas foram homologadas pelo Ministério da Educação do Brasil e os certificados emitidos por elas são aceitos para todos os fins de direito. Elas seguem as Diretrizes Curriculares Nacionais, ou seja, ministram os cursos obrigatórios em instituições educacionais no Brasil, além do idioma japonês.
O currículo de algumas dessas escolas foi reconhecido oficialmente pelo Ministério da Educação, Cultura, Esporte e Ciência e Tecnologia do Japão, habilitando seus alunos a prestarem vestibular para as universidades japonesas, desde que concluam 12 anos de estudo.

EXAME SUPLETIVO
O Ministério da Educação e o Ministério das Relações Exteriores do Brasil aplicam, anualmente, exames supletivos em nível de conclusão de ensino fundamental e médio. No primeiro caso, o interessado precisa ter mais de 15 anos e, no segundo caso, ser maior de 18 anos.
As inscrições ocorrem entre os meses de junho e agosto, e podem ser feitas nos consulados do Brasil em Tokyo e Nagoya ou pelo site do Departamento de Ensino de Jovens e Adultos da Secretaria de Educação do Paraná (www.pr.gov.br/deja).
Os exames são realizados, normalmente, no mês de outubro.

ENSINO SUPERIOR
No Japão, o ensino superior abrange universidades (daigaku), curso superior de tempo reduzido (tanki daigaku) e escolas profissionalizantes ou técnicas (senmon gakkoo).
As aulas iniciam no mês de abril e encerram no mês de março do ano seguinte.
Para poder cursar uma universidade é necessário prestar os exames de ingresso (nyuugaku shiken).
O curso superior de tempo reduzido é conduzido com uma duração média de 2 ou 3 anos, e as pessoas que completarem os créditos necessários à formatura, recebem titulo de bacharel júnior. O curso superior com tempo reduzido oferece ao aluno a formação em nível técnico, com cursos práticos para a carreira escolhida.
O curso superior pleno tem duração de 4 anos, mas os cursos de veterinária, medicina e odontologia são de 6 anos. O aluno formado recebe o titulo de bacharel. No geral, os cursos de nível superior são divididos em ciências (engenharia, medicina, agricultura etc) e humanas (cursos na área de literatura, direito e economia).
O curso de pós-graduação em nível de mestrado (shuushi katei), de 2 anos, ou de doutorado (kakushi katei), de 3 anos, exige que o interessado receba orientação na condução de pesquisas, complete os créditos necessários, apresente e defenda a sua tese, que será avaliada por uma banca examinadora, para então receber o título de mestre ou de doutor.
A seleção dos alunos para esses cursos é feita com base em um exame, desempenho no curso de graduação e recomendação de professores.
O aluno que concluir o ensino médio em estabelecimento de ensino japonês deve prestar o mesmo exame imposto aos alunos japoneses. Os que concluíram o ensino médio em outro país devem prestar exame específico para estrangeiros, chamado de Exame de Admissão em Universidade Japonesa para Estudantes Estrangeiros.

UNIVERSIDADES PÚBLICAS
Para entrar em uma universidade pública é necessário realizar o exame de ingresso geral das universidades, chamado Sentaa Shiken. Este exame é cobrado por disciplina. Algumas universidades particulares também aplicam esse exame.
Existem 32 disciplinas, mas primeiro é preciso verificar qual o programa acadêmico imposto pela universidade ou faculdade de interesse do candidato.
A inscrição dever ser feita em outubro e os exames, em janeiro. O período de inscrição varia de acordo com a instituição.

UNIVERSIDADES PARTICULARES
Há 3 maneiras de fazer os exames de ingresso para a universidade particular (shiritsu daigaku): o mesmo das universidades públicas (sentaa shiken), o exame geral (ippan nyuushi) e o exame com a carta de recomendação do colégio (suisen nyuushi).

UNIVERSITÁRIOS ESTRANGEIROS
Para ingressar na universidade, o Ministério da Educação, Cultura, Esporte, Ciência e Tecnologia do Japão exige educação escolar de 12 anos. Assim, para quem cumpriu currículo educacional de 11 anos, deverá estudar japonês durante 1 ano nas escolas designadas pelo ministério.
Hoje, as instituições de ensino superior aceitam o Exame de Admissão em Universidade Japonesa para Estudantes Estrangeiros, que substitui o antigo exame geral ara estrangeiros e o exame de proficiência.
O exame de proficiência ainda é exigido por algumas instituições para cursos de pós-graduação.
O Exame de Admissão inclui as seguintes matérias: japonês, ciências (física, química e biologia), matemática, Japão e o mundo.
O idioma utilizado é o inglês ou japonês.
Mais informações: www.jasso.go.jp

CURSOS PROFISSIONALIZANTES
Há 2 tipos de cursos profissionalizantes:
para alunos que completaram o ensino médio (senmon gakkoo);
para alunos que completaram o ensino fundamental (kootoo senmon gakkoo).
O kootoo senmon gakkoo qualifica estudantes como técnico industrial. Normalmente, o curso dura 5 anos.
O senmon gakkoo pode ter duração de 1 a 4 anos, dependendo do curso, e qualifica o profissional com licença para atuar em sua área.

ESCOLAS TÉCNICAS
Algumas escolas técnicas ministram cursos técnicos, como eletrônica, mecânica, soldagem, enfermagem, cabeleireiro, cozinheiro, secretariado, computação, desenho entre outros, em um tempo relativamente curto.

BOLSAS DE ESTUDO

Existem várias bolsas de estudo para pessoas com dificuldade financeira. Após a conclusão do curso o beneficiado deve efetuar a devolução do financiamento, em parcelas.
Normalmente, o aluno faz a solicitação após ingressar na universidade, mas há a possibilidade de solicitá-la ainda enquanto cursa o ensino médio.
Uma bolsa muito requisitada é a da Nihon Ikueikai (Fundação Nacional de Bolsas de Estudos), que exige do candidato a declaração de imposto de renda comprovando a situação financeira.
Além de provar não ser capaz de arcar com as despesas da universidade, o aluno deve apresentar bom rendimento acadêmico e bom estado de saúde. O pagamento é feito um ano após o término do empréstimo.
Mais informações sobre bolsas de estudo no site do Consulado do Japão, em São Paulo: www.sp.br.emb-japan.go.jp ou no Consulado do Japão, no Rio de Janeiro: www.rio.br.emb-japan.go.jp

PROVA DE PROFICIÊNCIA
A prova de proficiência de japonês (Nihongo Nooryoku Shiken) tem como objetivo avaliar o nível de domínio do idioma de pessoas que não têm o japonês como língua materna, no Japão e no Exterior, e certificar o nível do seu conhecimento. É realizado pela Nihon Gakusei Shienkikoo.
O exame é dividido em 4 níveis decrescentes, do mais fácil (nível 4) para o mais difícil (nível 1). Os exames são compostos de 3 partes: domínio dos caracteres, compreensão escrita e falada e gramática.